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FEPAR: Associação de Remo Guajará, Um amor de pai para filho


Em uma ação em conjunto com 12 remadores de todos os clubes do Pará, a Associação de Remo Guajará foi fundada em 2007 para centralizar esforços no remo. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas no início, em 2015 a entidade conseguiu sede própria e se filiou à federação de remo do estado, a Fepar.

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" A Guajará veio da necessidade que todos os atletas masters sentiram em focalizar os esforços no remo. Os clubes centenários do Pará centralizam sua atenção no Futebol e nós achamos que isso não era o correto. Sempre que um barco precisava consertar, a gente tinha que cotizar o dinheiro, aí pensamos: podemos fazer isso em um clube nosso", afirma Guilherme Hugo da Costa Araujo, presidente da associação.

Hugo não estava sozinho, o vice-presidente da associação é o seu pai, Raimundo Nonato da Silva. A irmã do presidente também rema e ajuda na Guajará, Beatriz Araujo. "Aqui somos todos apaixonados pelo remo", diz com orgulho o dirigente.

Com a sede do clube e o espaço para guardar os barcos sendo uma realidade a partir de 2015, a Guajará decolou do papel e se tornou uma realidade no remo paraense. Focados, a princípio, no remo Master, a instituição abriu as portas para os seus membros e para novos adeptos do esporte. Existem turmas que descobriram o remo mais tarde e encontraram na associação um espaço para aprender.

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Além de participar do campeonato paraense, em 2016 a nova associação conquistou o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro Master, já mostrando os bons frutos da garagem e dos treinamentos. Foi nesse ano também que o projeto" Gujará Social" foi iniciado. "Começamos um projeto de escolinha para jovens entre 12 e 16 anos aqui no Pará. Fomos o clube que mais formou atletas nos últimos anos. Muitos dos remadores da categoria júnior do estado começaram aqui, mesmo que hoje estejam em outros clubes", explica Hugo.

A Guajará também já colocou sua marca na Copa Norte Nordeste de remo, competição regional super tradicional no calendário da modalidade, ganhando provas da categoria júnior nas edições de 2017 e 2019 e também conquistando uma medalha de bronze no Brasileiro de Interclubes em 2019. Mas Hugo, sonha com mais. "Queremos um dia ser o campeão geral no estadual do Pará, para isso os remadores formados no clube precisariam permanecer aqui", explica.

Para o presidente, o grande problema que a Associação enfrenta hoje é a evasão de atletas júnior, mas ainda assim a Guajará ganhou os campeonatos estaduais da categoria em 2017 e 2021. Hoje, a instituição conta com 60 remadores Master e 40 atletas entre 12 e 17 anos, a maioria ainda na escolinha. Além do Projeto Guajará Social, o espaço da sede da entidade abriga um grupo de escoteiros.

O Grupo Escoteiro do Mar Rio Guamá desenvolve suas atividades no local oferecido pela Guajará em sua sede. "O nosso espaço é muito bom e decidimos que poderíamos ajudar. Alguns dos escoteiros ingressam no nosso projeto social de escolinha. Já tivemos alguns atletas que saíram dessa parceria", afirma Hugo.

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Mesmo com as dificuldades enfrentadas, o grupo da Associação Guajará faz planos para superar os problemas e afirma que vão retomar com força total o Projeto Guajará Social, sem esquecer dos remadores masters que integram a equipe do clube. A entidade busca por parcerias no estado para poder fortalecer a estrutura do clube e pode investir na formação de atletas.

"Nossa maior vitória é a formação de atletas. Somos quem mais formou remadores no estado nos últimos quatro anos e fomos também terceiro lugar geral no último campeonato brasileiro de Master, competindo apenas com remadores que treinam no clube", afirma Hugo.

Mesmo com desafios no horizonte, a Associação Guajará busca meios de superar os problemas e parcerias para ampliar os trabalhos. Hoje, a instituição é uma das entidades de remo mais jovens do país e mostra que não precisa ser um clube centenário para se destacar no esporte.


Os remadores 80+ do brasileiro Master 2024: Cinco atletas provam que jovialidade e competitividade são para a vida toda


Cinco atletas de estados e histórias diferentes se reuniram nesta última edição do brasileiro de Remo Master, realizado no final do mês de junho na raia olímpica da USP, em São Paulo, para mostrar que vitalidade, persistência e resiliência ficam muito melhores com a idade. Odilon Maia Martins, Robert Schneider, Joel Alves Ribeiro, Essenine Medeiros e José Carlos Araponga formam um grupo de atletas muito especial: "Os remadores de 80 +"

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Os dois atletas mais jovens desse grupo possuem 80 anos. Todos esbanjando boa forma e bom humor e mostrando que para remar só precisa ter vontade! "Já está provado cientificamente que o remo é o melhor esporte para os idosos. Não pretendo parar de remar!", afirma Essenine Medeiros, do Guanabara, que remou sete provas nesse campeonato pelo Corinthians, ganhando todas.

O remador mais experiente do mundo é nosso! Odilon Maia Martins do Aldo Luz remou este brasileiro usando as cores do Corinthians Paulista e competiu no oito com timoneiro e na categoria M no single skiff! Aos 94 anos, o atleta competiu em diversas provas e se prepara para o Mundial Master, previsto para o mês de setembro na Alemanha.

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Sempre homenageado e festejado pela World Rowing nas competições internacionais, Seu Odilon, como é mais conhecido por todos, está acostumado a superar barreiras e estrear as categorias nas regatas. Campeão brasileiro, sul-americano e mundial, múltiplas vezes como Master, o remador não pensa em parar e mostra ótimo humor e competitividade na hora de suas provas.

Sendo o único remador deste Campeonato Brasileiro acima dos 90 anos, a expectativa é que na próxima temporada Seu Odilon quebre mais uma barreira da idade ao abrir a categoria N aos 95 anos! Que energia hein?

Diretamente da Ribeira: Os dois atletas mais experientes após Seu Odilon, acima dos 80 anos, são os baianos Joel Alves Ribeiro, mais conhecido como "Meu Santo", 84 anos, e José Carlos Araponga, 88 anos, remaram juntos na mesma equipe neste brasileiro e no mesmo barco pela primeira vez! Após décadas dedicada ao remo de alto rendimento, os dois atletas foram rivais na juventude e sempre remaram um contra o outro.

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"Passamos uma época em que não nos falávamos. Eu remava pelo Vitória e Zé Carlos pelo Itapagipe. Sempre competimos no skiff e no double e a rivalidade era muito grande. Hoje o ambiente é outro e podemos remar juntos e nos ajudar", relembra Meu Santo.

Os dois remadores dedicaram 20 anos de sua juventude ao remo baiano, ganhando estaduais e Copas Norte Nordete para os seus clubes. Joel parou de remar aos 34 anos e se desligou da modalidade por completo. Aos 60 anos, Meu Santo voltou a treinar. "Eu tinha a maior dificuldade para subir escadas de avião, depois que voltei ao remo isso mudou. Estou melhor hoje do que há 20 anos", comemora o remador.

Jose Carlos Araponga demorou mais um pouco para voltar a remar, mas tem se dedicado aos treinos. O brasileiro na Raia da USP foi a primeira competição de sua carreira de Master, além de ter sido a primeira prova em que competiu ao lado de seu antigo rival e hoje amigo Joel Alves Ribeiro. "O ambiente do Master é outro! Sem briga, de confraternização! Antigamente tinha muita briga", explica Meu Santo.

Competir é preciso: Já os mais jovens desse grupo, Essenine Medeiros e Robert Roy Schneider, remam no Rio de Janeiro e Brasília respectivamente. Os remadores estrearam na faixa dos 80 anos neste brasileiro de São Paulo e com 100% de aproveitamento! Os dois atletas, assim, Seu Odilon, Meu Santo e Araponga, competiram pelo Corinthians, apesar de treinarem no Guanabara e no Minas Brasilia em seus estados.

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Essenine, assim como os dois baianos, também remou na juventude, só que pelo Vasco e chegou a ser campeão carioca na década de 60. Já Robert Schneider só começou a remar em 2013. Bob, como é mais conhecido, começou sua carreira esportiva no ciclismo e chegou a integrar a seleção norte-americana nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972.

Americano de nascimento, Bob veio morar no Brasil devido a seu trabalho no Banco Mundial e, quando se aposentou, resolveu ficar em Brasília. "Todos os meus amigos estão aqui, faz mais sentido ficar no aqui. Além disso, o clima é ótimo. Eu conheci o remo pela primeira vez quando tinha 28 anos e vi alguém no skiff remando em um  lago em Wisconsin. Achei lindo! Pensei: Quando eu me aposentar, eu vou tentar esse esporte. Ai, me mudei para o Brasil. Em 2013, em acidente com a bicicleta, machuquei o pescoço e resolvi que era o momento de colocar o meu plano em prática", explica o atleta.

Campeão Mundial de Remo no single skiff, Robert afirma que esta foi a vitória mais especial e significativa da carreira dele e já faz planos para ir para a próxima competição da World Rowing este ano. Essenine é campeão sul-americano de remo e conta que, apesar das diversas vitórias e medalhas, não existem muitas competições com sua categoria, opinião compartilhada por Bob.

"Não existe competição estadual com a minha categoria. Para remar, eu teria que competir em uma idade muito mais baixa que a minha. Treino todos os dias e acredito que, não importa a idade, o remo tem que ser de excelência. Tudo depende da cor da medalha que você quer", explica Medeiros. Robert compartilha da mesma opinião e gostaria de mais competições em sua categoria de idade ou uma possibilidade de remar contra os mais jovens de uma maneira mais justa. "Poderia se fazer uma contagem de handicap conforme feito em outros países. Somos poucos atletas com 80 anos ou mais, mas ainda queremos competir", explica Bob.

As competições são uma forma desses remadores se manterem motivados em seus treinamentos diários porque, não importa a idade, ninguém gosta de perder! Que a experiência e disposição desses atletas sirvam de inspiração aos mais jovens da modalidade e os nossos cinco atletas mais experientes desse brasileiro continuem remando, ganhando e trazendo vitalidade e leveza ao remo nacional.

1° Desafio de Remo Virtual, Federação de Brasília aposta na realidade virtual


Uma nova era virtual começa para o remo com a nova proposta de competição indoor que promete levar a modalidade para dentro dos jogos virtuais e e-sports. O primeiro desafio de Remo Virtual acontece em Brasília e a proposta vem da empresa Competições Virtuais Brasileiras(CVB). O evento vai acontecer no Crossroiwng no dia sete de julho. As provas têm distâncias variadas conforme a categoria de idade de cada atleta.

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A grande diferença entre as competições virtuais da modalidade e o remo indoor é a integração com o software EXR. Para Schubert Abreu, dono da empresa Competições Virtuais Brasileiras, a gamificação da competição e a interação com o software faz com que o estímulo da prática da modalidade indoor aumente e ainda explica que tem a possibilidade de se tornar algo global, uma vez que a disputa pode ser realizada em tempo real com vários atletas no mundo.

"O primeiro Desafio Brasília de Remo Virtual será um evento de energia, força e resistência de nossos atletas. Vamos combinar a mais tecnologia de ponta digital à tradição do remo olímpico indoor. Estamos ansiosos para assistir a uma competição num ambiente virtual inovador que coloca o remo no cenário de ponta da tecnologia. Temos certeza de que os atletas irão vibrar nesse novo formato de competição e que vamos ter regatas virtuais cada vez mais participativas," afirma Lilia de Oliveira, Presidente da Federação de Remo de Brasília.

A promessa é que a experiência do competidor será mais realista e enriquecida pelo EXR. Este é o primeiro evento de remo virtual que acontece na América do Sul e os competidores de Brasília vão descobrir em primeira mão como será interagir com este novo software e entrar no mundo do esporte virtual.

Conforme a empresa CVB, que detém a exclusividade de uso do software na América Latina, "o EXR se tornou um dos principais aplicativos de remo do mundo. O aplicativo de remo indoor transporta os remadores para locais icônicos de regata, incluindo o Lago Bled e Henley-on-Thames. Ele fornece estatísticas detalhadas de desempenho e opções de treinamento gamificadas, levando a experiência de treino virtual a níveis sem precedentes de engajamento. Este ângulo inovador é de interesse para as Competições Virtuais Brasileiras, uma vez que visa transformar a maneira como os brasileiros vivenciam os esportes".

Endossado pela World Rowing o EXR promete ser um diferencial em competições de remo indoor e levar a modalidade para a realidade virtual, já bem comum em outros esportes, e ser mais um passo para que os jogos eletrônicos cresçam junto ao movimento olímpico.

GPA, o clube mais antigo do Brasil, volta aos treinos!


O Clube de Regatas Guaiba Porto Alegre, o GPA, a instituição de remo mais antigo do Brasil em atividade, volta aos treinos! A garagem de barcos estava fechada desde o meio de maio devido à maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul, que afetou 96% do estado e deixou quase 100 mortos, desalojando famílias e impactando toda a comunidade do remo gaúcho.

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Após as águas do Rio Guaíba finalmente baixarem em junho, a equipe pode voltar ao clube, mas o cenário era desolador. A garagem estava muito suja e todo o material comprometido. Chegou o momento de atletas, dirigentes e comissão técnica se unirem para um mutirão de limpeza de material, barcos, pesos, paredes e a retirada de muita lama das dependências da sede náutica do GPA.

Hoje, 03 de julho, foi a comemorada volta aos treinos! Nem o frio assustou os atletas que fizeram o que sabem fazer de melhor: remar! "GPA é o mais antigo do Brasil e está dando a volta por cima!", comemora o técnico João Gonçalves. "Tivemos uma boa adesão de atletas que vieram ao clube hoje de manhã e ainda temos mais uma turma que virá de tarde", conclui o treinador.

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Mas nem tudo é comemoração. A equipe do GPA sabe que a batalha está sendo vencida, mas longe de terminar. A enchente deixou um rastro de destruição: 90% dos barcos estão quebrados e a rampa de acesso ao Rio Guaíba está inutilizável e precisa ser reconstruída para que os atletas possam colocar seus barcos na água. Os treinamentos seguem em terra, no ergômetro e na sala de peso.

O clube guarda parte da história do remo gaúcho e brasileiro dentro de suas dependências, são mais de 100 anos de história para contar e a volta das atividades e dos treinos é um passo enorme em um longo caminho de recuperação. Para quem quiser ajudar o GPA com doações e superar este momento difícil, o pix do clube é O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Fepar: Jovens atletas recebem os prêmios de melhores do ano no estado


Dois jovens remadores receberam o troféu de melhores da temporada e garantem que querem mais! Os remadores Mauricio de Souza Rocha (Clube do Remo) de 16 anos e a atleta Ana Gabriela Monteiro Barbosa (Paysandu) de apenas 15 anos foram os campeões dos dois principais prêmios esportivos do estado do Pará pelos excelentes resultados na temporada 2022.
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Mauricio ganhou a 32ª edição do Troféu Camisa 13, oferecido pela emissora RBA TV, filiada ao Grupo Bandeirantes. O prêmio é decidido por votação popular em diversas modalidades esportivas. " Foi um incentivo muito grande para continuar na carreira esportiva, estou voltando de uma lesão no joelho! Fui o remador que mais pontuou no campeonato do ano passado e pretendo ganhar novamente este ano", afirma o atleta.

O Troféu Camisa 13, oferecido pela RBA TV premia os atletas, clubes e instituições que se destacam no cenário esportivo do Pará, nas modalidades do esporte amador ou olímpico e no Campeonato Paraense de Futebol. Já foram entregues 633 troféus, entre atletas, árbitros, técnicos, preparadores físicos, dirigentes e personalidades.

Ana Gabriela venceu a 30ª edição do Troféu Rômulo Maiorana, concedido pela TV Liberdade, filiada da Rede Globo do Pará. Os bons resultados no Campeonato Brasileiro de Remo e nos Jovens Talentos do ano passado renderam à jovem atleta o reconhecimento da banca de jurados que decide os ganhadores das 20 categorias da premiação. "Foi uma grande emoção. Eu sou das Ilhas das Onças e para nós, essa premiação é muito grande. Quem mora nas ilhas sabe que não temos muitas oportunidades", explica a remadora.

Ana Gabriela Monteiro Barbosa: Quando a jovem Ana Gabriela começou a ter aulas da modalidade na Tuna Lusa, nunca imaginou que quatro anos mais tarde o esporte a levaria tão longe. Atleta do Paysandu, iniciou por mera curiosidade e incentivada por uma vizinha que morava em sua rua. A mãe da remadora perguntou se ela e a sua irmã gostariam de ingressar na modalidade e as duas aceitaram o desafio!

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Depois de um acidente que quase custou a vida da atleta, Ana ficou algum tempo sem remar, mas com o convite do Paysandu, a remadora voltou aos treinos e começou a competir. "Meu barco virou e tiveram que chamar o socorro para me buscar. Estava em canal, sozinha e sentia que a água me levava para mais longe. Depois disso, fiquei com medo, mas o Paysandu me acolheu", conta emocionada Ana.

Uma vez treinando no novo clube, a remadora conquistou a medalha de bronze no dois sem timoneiro júnior, no Campeonato Brasileiro de Remo, realizado na Lagoa Rodrigo de Freitas, e o segundo lugar, remando o mesmo barco, nos Jovens Talentos Unificado, que aconteceu em Porto Alegre, na temporada passada. "A minha maior conquista foi a medalha do brasileiro, porque era o sonho da minha irmã, Ane. Ela queria muito uma medalha da competição. Remamos juntas a prova e este ano vamos competir novamente, mas agora eu quero a de ouro", conta e planeja a jovem atleta.

Com muitos sonhos, Ana Gabriela treina com o objetivo de chegar à Seleção Brasileira de Remo e ir para os Jogos Olímpicos um dia. "Quero competir mais, treinar mais e ser campeã. Ano passado consegui me destacar e, este ano, quero ir além com o meu clube. A maior lição que o esporte me ensinou foi a trabalhar em equipe. Pensar no coletivo", afirma determinada a remadora.

Mauricio de Souza Rocha: Por causa de uma apresentação em sua escola que introduzia o esporte, o estudante resolveu tentar a modalidade no Clube do Remo. A sua maior incentivadora é a sua mãe que leva o jovem remador todos os dias para treinar e aproveita para aprender o esporte também! O atleta precisa de muita determinação para continuar na modalidade, já que todos os dias ele tem uma jornada de mais de uma hora até a sede náutica onde treina.

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Mauricio afirma que sua maior vitória no remo foram as duas provas de single skiff que ganhou no ano passado no estadual. "Uma na minha categoria e outra acima. Me sinto livre, é o meu barco predileto entre todos", afirma o remador. Apesar de ter sido o atleta que mais pontuou no Campeonato Paraense do Ano passado, o estudante sonha com mais. "Infelizmente, eu não pude ir ao Brasileiro e Jovens Talentos em 2023. Esse ano, estou treinando para ir. Quero me destacar nacionalmente, ser notado. Sonho com a Seleção Brasileira".

Sonhos, planejamento e muito treino. Esta tem sido a rotina do jovem Mauricio, que se prepara para mais na Temporada de 2024. O jovem remador afirma que a maior lição que aprendeu no esporte foi tratar as pessoas com respeito. "A rivalidade fora da água é desnecessária", afirma o remador. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, com a lesão no joelho e a jornada diária de uma hora para chegar no clube, o remador não pensa nas dificuldades e segue em frente.

Ana Gabriela e Mauricio são dois jovens atletas que representam o espírito guerreiro de remadores da região norte do Brasil, que superam dificuldades e mesmo com a pouca idade já são determinados, com um potencial e resiliência gigantes. A base vem muito forte no Pará!

Seleção Brasileira: A grande lição de vida de Evaldo Mathias Becker e Piedro Xavier


Em carta resposta para a CBR, a World Rowing lamenta a decisão e espera que em breve possam ajudar e trabalhar com os nossos atletas Evaldo Mathias Becker e Piedro Xavier. A Confederação, com o endosso no Comitê Olímpico Brasileiro, entrou com o pedido para que os remadores da Seleção Brasileira pudessem competir em Paris 2024.

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O pedido foi baseado no conceito de Olimpismo e de ajuda humanitária que os nossos atletas apresentaram durante a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul, que fez com que os remadores desistissem de competir pela vaga olímpica para ajudar famílias gauchas atingidas pelas enchentes.

Em trecho da carta o Presidente da World Rowing afirma: "Simpatizamos profundamente com o impacto devastador das inundações sobre Evaldo, Piedro, suas famílias e a comunidade brasileira de remo em geral. A decisão deles de ficar e apoiar seus entes queridos e membros da comunidade, em vez de perseguir seus objetivos olímpicos sonhos, encarna verdadeiramente o espírito de altruísmo, solidariedade e os valores fundamentais do Movimento olímpico. Lamentavelmente, por mais que admiremos e respeitemos a sua escolha corajosa e o espírito exemplar que demonstraram, não podemos conceder vagas de cotas adicionais para Paris 2024. O processo de qualificação olímpica é rigoroso e mantém sua integridade é crucial para a justiça e a credibilidade dos Jogos".

Os remadores da Seleção Brasileira de Remo, Evaldo Mathias Becker e Piedro Xavier, desistiram dos sonhos olímpicos para permanecer no Rio Grande do Sul, depois que fortes chuvas devastaram 96% do estado, dados da Defesa Civil. O estado foi inundado por chuvas torrenciais desde o final de abril que persistiram até a metade de maio; mais de meio milhão de pessoas estão desabrigadas e 147, segundo a última contagem, perderam a vida.

>> Leia aqui o documento da World Rowing na íntegra

Os atletas, que competiram juntos no double skiff masculino peso leve no pre- olímpico realizado no Rio de Janeiro em marco, esperavam participar da próxima fase de qualificação para as Olimpíadas em Lucerna, Suíça, ocorrida no final do mês de maio. A categoria foi retirada do programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, fazendo de Paris sua última chance de classificar seu barco na categoria.

Mas os remadores se juntaram a outros atletas da modalidade e pessoas de todo o Brasil que distribuíram ajuda e usaram barcos para salvar vizinhos, desconhecidos e animais de estimação abandonados. "A nossa prova está aqui agora. Não poderia viajar e deixar a minha filha em um abrigo", afirmou Evaldo em entrevista para a BBC.

Evaldo e Piedro estavam na fase final da preparação para o Lucerna, mas foram diretamente afetados quando as enchentes atingiram o Grêmio Náutico União, clube em que estava o barco dos atletas, na capital Porto Alegre. Os remadores treinaram até a véspera das chuvas, quando toda a tragédia começou.

“Nosso centro de treinamento foi muito afetado, perdemos nosso barco, remos e vários outros equipamentos essenciais para nossa preparação e diante disso nosso foco mudou, passou a ajudar o povo gaúcho, nosso povo. Tomamos muita consciência do tamanho da catástrofe que estávamos enfrentando aqui no Rio Grande do Sul, vendo milhares de famílias desabrigadas, pessoas sendo resgatadas em meio às enchentes, crianças, amigos, familiares, todos sofrendo muito. Foi nesse momento que decidimos ficar”, explicam os remadores.

A dupla, juntamente com outros oito remadores, trabalhou sem parar para ajudar nos esforços de socorro – embora alguns deles tenham perdido tudo nas enchentes. “Estamos resgatando vítimas, animais, ajudando famílias em situação de rua e com a logística das doações”, explica Evaldo. “É muito doloroso e triste ver nossos familiares e amigos passarem por isso, pessoas perdendo completamente tudo o que tinham, essa enchente devastou todo o nosso estado, levando sonhos, planos e vidas".

“A enchente também tirou nosso sonho, nossas expectativas e esperanças. Foi difícil decidir, mas estamos tranquilos com a nossa decisão e focados em ajudar e servir o nosso povo”, afirma Piedro

A lição de vida de Evaldo e Piedro vai muito além das raias de remo. A CBR está ao lado de seus atletas na decisão dos mesmos e lamenta que a tão sonhada vaga não veio para Paris 2024.


Imagens: CBR/Satiro Sodré

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