Fisioterapia: Rafael Jacob
Assim como o Coordenador Técnico e a Nutricionista do Nebar, Rafael Jacob, o fisioterapeuta do Núcleo também começou no remo influenciado pelo seu pai, Flavio Augusto de Jesus. "Primeiro eu fui para o vôlei e a natação, meu pai acreditava que eu só poderia começar a remar com 14 anos", explica.
Com o inicio de carreira no Guanabara, Jacob agradece por iniciar no Clube. " O treinador da equipe era um dos melhores formadores de atletas na época. Ele, Rafael Barberena, se preocupou bastante com a minha técnica e a minha formação de base", explica o fisioterapeuta.
A medida que foi crescendo e se desenvolvendo na modalidade, o então atleta, fez o índice técnico para a Seleção Brasileira pela primeira vez aos 17 anos. Jacob representou o Brasil em sul-americanos e mundiais, remando dois sem timoneiro, double skiff e oito.
"Quando eu fiz o índice, o Flamengo me chamou para remar pelo clube. Aceitei e ganhei uma bolsa de estudos para cursar Fisioterapia. Quando me formei, parei de remar porque tive que fazer estágio para terminar meus estudos. Nunca me desliguei do esporte. Ainda dou as minhas remadas. Saio no barco com a equipe Master", explica Jacob.
Após a aposentadoria, apenas no alto rendimento, o Fisioterapeuta investiu em sua formação e tem pós-graduação em fisioterapia ortopédica e é Doutor Osteopata. Como nunca perdeu o contato com o remo, Rafael Jacob também é classificador internacional, médico e técnico de para-remo pela World Rowing. Além de ser figura carimbada nas equipes da Seleção Brasileira de Para-Remo, participando e ajudando a equipe nas Olimpíadas de Tóquio.
Nebar: Único profissional que participou do projeto-piloto do primeiro ano do Núcleo e do projeto que agora se inicia em cinco polos, Jacob aponta algumas diferenças.
O Nebar I era todo concentrado no Rio de Janeiro, com sede na Lagoa Rodrigo de Freitas, e os atletas eram fixos e escolhidos pelo Coordenador Técnico da CBR, na época. Neste segundo projeto, os atletas se candidatam para a vaga. Além disso, os treinamentos e monitoramento eram realizados durante os encontros do Núcleo.
Neste, segundo Nebar, os atletas são mais distribuídos e o acompanhamento é constante. Os treinadores dos estados vão ministrar treinos e o monitoramento e o ano todo. Possibilitando o atendimento ser mais individualizado para cada remador. Além do grupo de remadores participantes ser maior, no primeiro ano eram atendidos 20 atletas de um estado e neste são 80 divididos em cinco polos estaduais. "O interessante dos polos é analisar o perfil dos atletas ao redor do Brasil", comenta o fisioterapeuta.
Trabalho focado na prevenção e formação: O objetivo do trabalho da fisioterapia esportiva é principalmente prevenir lesões e a formação de um gesto esportivo evitando lesões e o afastamento do atleta no futuro. "A hora de mudar é agora, nunca amanhã", afirma Jacob.
"O objetivo é conseguir formar bons remadores para o futuro. Avaliar a biomecânica para ajustar o gesto esportivo de cada atleta desde bem novo e seguir monitorando e orientando o mesmo, principalmente, durante seus anos de formação, é o melhor caminho para a iniciação de remadores de alto rendimento", explica o fisioterapeuta.
Avaliar o Gesto Esportivo nada mais é que a técnica do atleta na remada trabalhada no barco. A correção evita lesões e aprimora a performace do remador. Para tanto, Jacob explica que o trabalho tem que ser em equipe.
"Saímos na lancha para observar os remadores juntamente com o treinador e vamos avaliando pontos, disfunções que os remadores possam apresentar. Caso o remador não tenha nenhum tipo de lesão, partimos para um trabalho de prevenção. Em casos de atletas lesionados, fazemos um trabalho de correção", conclui o fisioterapeuta do Nebar e da Seleção Brasileira, Rafael Jacob.