Remo Internacional
Você sabe como os atletas são classificados no para-remo?
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Criado em Terça, 17 Agosto 2021 15:58
Entre os dias 27 e 29 de agosto, a Sea Forest Waterway será palco novamente de provas acirradíssimas durante os Jogos de Tóquio, mas agora é a vez dos atletas paralímpicos brilharem. Apesar do programa de regata ser bem diferente dos Jogos Olímpicos, a garra, a emoção e o empenho dos atletas serão as mesmos.
Claudia Santos, da categoria PR1, em treinamento na Raia da USP no início deste ano O programa da Regata Paralímpica é dividido em quatro provas: Single Skiff (1x) feminino e masculino, Double Skiff (2x) misto e o Quatro Com Timoneiro (4+) misto, e todas as provas contém uma dessas siglas: PR1, PR2 e PR3. Vocês sabem qual o significado delas? PR significa Para-Remo (originalmente em inglês ParaRowing) e os números se referem às categorias funcionais dos atletas em relação a remada. PR1 é a categoria com funcionalidade mais baixa e PR3 a mais alta.
A classificação da funcionalidade não é baseada somente na lesão corporal dos remadores, mas sim como aquele trauma afeta a remada. Por isso, algumas vezes observamos atletas aparentemente com a mesma lesão mas em categorias diferentes. O mais importante na classificação é que todos os atletas tenham a mesma remada funcional em suas categorias.
• Entrevista com a Classificadora Funcional da World Rowing (em inglês) »• Conheça todas as categorias do remo olímpico e paralímpico » O processo de classificação começa quando o atleta procura a federação nacional ou, em alguns casos, o Comitê Paralímpico de seu país e de uma forma segura comprova seu diagnóstico, com laudos e exames médicos, para provar e explicar como sua lesão corporal afeta a habilidade de remar. Após o pedido de classificação ser aceito, o atleta passa por um painel técnico que pode ser nacional ou internacional, dependendo da competição.
O painel técnico é normalmente composto por um médico e um classificador específico para o remo. Os testes são feitos para avaliar o alcance de locomoção e força, além de testes no remoergômetro para observar como a lesão corporal afeta a remada do atleta. Classificação funcional é fundamental para garantir a igualdade e justiça de competição entre as equipes.
BARCOS MISTOS: Outro ponto muito importante na busca de igualdade dentro de cada categoria de para-remo é o uso de barcos mistos, onde metade da equipe dos barcos de conjunto tem que ser preenchida por cada gênero (feminino e masculino). Por exemplo, o Double Skiff misto (2x Mix) obrigatoriamente é formado por um homem e uma mulher.
Crédito da Imagem: Ale Cabral/CPB