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Luciana Granato: Do sonho da raia olímpica da USP para a realidade nas Olimpíadas de Pequim


Onze anos dedicados ao atletismo, treinando diariamente. Esta era a realidade da atleta Luciana Granato até que um dia sonhou que estava remando em um rio de águas da cor marrom e bem longo. Uma de suas amigas, que remava, a convidou para ir conhecer a raia olímpica da USP. A então corredora viu que o rio de seu sonho era real. "A raia da USP era o rio com que eu tinha sonhado. Decidi que eu ia conhecer o esporte e aceitei o desafio. O remo foi um presente", explica a nossa representante em Pequim 2008.

luciana Granato - foto preferida

Decidida a começar no esporte do seu sonho, teve seu primeiro contato com remo no Corinthians e depois foi para o Paulistano. Luciana teve que enfrentar e quebrar vários paradigmas, o primeiro deles a sua idade. A atleta de atletismo já tinha 25 anos e treinava, principalmente, velocidade. Teve uma fase de adaptação para um esporte de resistência e o preconceito contra a sua idade só foi superado quando ganhou a sua primeira Seletiva. "Eu lembro que foi minha primeira experiência competindo. Ouvia sempre que minha técnica era fraca, mas ganhei de todo mundo", conta, com orgulho, Luciana.

Mesmo tendo começado com 25 anos, a remadora dedicou quase 10 anos ao remo, a maior parte desse tempo representando seu clube, o Paulistano, e a Seleção Brasileira. Mas não pense que, em algum momento da sua carreira, as coisas ficaram fáceis para Luciana. A todo momento, a atleta se sentia testada e teve que passar por um longo processo para conquistar sua bancada no double peso leve do Pan e do Pré-Olímpico, duas competições realizadas em 2007.

Hall da fama - Luciana Granato 1

Seletiva e primeira competição: Após a vitória na sua primeira seletiva, Luciana começou a ganhar mais oportunidades em barcos e mais atenção durante os treinos e foi competir pela primeira vez usando as cores da Seleção Brasileira, no sul-americano de 2004 na Argentina, onde conquistou sua primeira medalha de prata. A remadora conta que o barco era baixo e as marolas passavam por cima das braçadeiras, enchendo de água durante a prova, e ainda assim conseguiu um bom resultado. Prova de superação.

Já em 2006, a atleta teria a segunda oportunidade de representar as cores da Seleção Brasileira em outro sul-americano, o resultado então não poderia ter sido melhor: medalha de ouro. Mas a maior batalha da carreira de Luciana Granato ainda estava para acontecer e boa parte dela não seria nem durante as provas das seletivas.

"Eu tinha uma mentalidade muito forte devido ao Atletismo, que é um esporte muito duro. Sempre ouvia que era fraca tecnicamente ou que não era para estar ali, mas fechava a minha mente, focava no meu objetivo. Não guardo rancor de ninguém também, fiz aquilo que tinha que ser feito", explica Luciana.

A odisseia do Pan-Americano de 2007: A falta de apoio não intimidou a atleta. A primeira Seltiva para ir para o Pan-Americano do Rio de Janeiro aconteceu em Porto Alegre, o resultado não poderia ser melhor: Luciana Granato se classificou em primeiro lugar. Para quem pensa que a vitória foi o suficiente, está enganado. Aquele foi o primeiro teste de muitos que pareciam, na época, intermináveis.

"Tive que lutar muito para ser a voga da Camila", relembra a atleta. A vaga só seria conquistada mesmo durante o evento teste, realizado em 2007 e transmitido em rede nacional, poucos meses antes do Pan-Americano do Rio. A sensação de vencer e receber a medalha de ouro no single skiff peso leve foi, para Luciana, a maior vitória de sua carreira.

"Que sensação boa! Cheguei a chorar na raia! Ali, eu tive a certeza de que ninguém iria tirar nós duas do barco. Que a vaga para o Pan-Americano era nossa e que iriamos representar o Brasil. Foi naquela prova que eu me tornei titular e provei meu valor", relembra a atleta. A comemoração da vitória não durou muito, já que as duas atletas se uniram ainda mais para treinar para a maior competição de suas vidas, até então.

Hall da fama - Luciana Granato 2

Parceria além das raias: A parceria com Camila Carvalho foi muito além do barco. A troca de energia das duas foi tão grande que a amizade perdura até hoje. As atletas eram muito obstinadas e caxias, como elas gostam de falar. Mas os treinamentos não eram fáceis, já que Luciana morava em São Paulo e Camila no Rio de Janeiro.

A cada final de semana, as atletas alternavam, uma iria para São Paulo e no seguinte a outra viria para o Rio de Janeiro. Meses depois da final A do double peso leve feminino do Pan-Americano do Rio de Janeiro, onde as atletas terminaram na sexta colocação geral, outro desafio! A seletiva da vaga olímpica para Pequim 2008 também foi realizada na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Pequim 2008: Depois de tantas idas e vindas de São Paulo para o Rio de Janeiro, a maioria delas feita de ônibus, a Seletiva para a qualificação continental chegou em um final de semana de novembro de 2007. O Brasil naquele ciclo olímpico poderia classificar quatro barcos para os Jogos e assim foi.

Luciana Granato e Camila Carvalho classificaram seu barco e conquistaram a sua vaga para os Jogos Olímpicos. A realização de um sonho estava prestes a se concretizar. " Os Jogos foram demais! É o sonho de qualquer atleta. Conheci vários ídolos meus do esporte. Nossa! Fiquei em êxtase! Foi uma experiência insuperável!", se emociona e relembra a Olimpiana.

O sentimento de merecimento de participar da maior competição da Era Moderna foi uma constante durante os Jogos. Após tanto esforço e dedicação, não seria diferente e Luciana Granato lembra também de todas as ajudas que recebeu de atletas do Rio de Janeiro, da aproximação com Arnaldo Brant, treinador da Seleção Brasileira, durante sua preparação: "Ele foi um verdadeiro pai".

Hall da fama - Luciana Granato 4

Vida pós-remadas: Luciana ainda foi para mais um Pan-Americano no double skiff peso leve, com Camila Carvalho, mas a decisão de se aposentar veio no mesmo ano, em 2011.

Formada em Nutrição, a remadora hoje mora em Ubatuba e não diminuiu a voga do ritmo de vida. Luciana Granato trabalha seis dias na semana em nove postos de saúde da cidade e, quando tem folga, se dedica a sua filha e ainda encontra tempo de fazer musculação.

Do remo, a atleta leva consigo alguns ensinamentos que o esporte aflora, como a superação e a doação. "Você precisa trabalhar no coletivo", afirma categoricamente Luciana e completa: "apesar das dificuldades, tem muita alegria. Você leva muita coisa boa para casa. Meu amor pelo remo é incondicional", conclui a super Luciana Granato.

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