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Niton da Silva Alonço - O Gaúchinho mais querido do Remo Brasileiro


Famoso em sua cidade natal, Arroio dos Ratos, Nilton Alonço se mudou para Porto Alegre ainda criança com a sua família. Trabalhou desde muito cedo como engraxate e garçom, para ajudar o pai em sua cidade natal e quando foi para a capital gaucha, começou a trabalhar como entregador de bebidas e, lá, conheceu o remo no Grêmio Náutico União, em 1967, com 18 anos.

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Aos 20 anos, com um espírito aventureiro que não cabia em si, o timoneiro com mais dois amigos, escondido da mãe, decidiu ir para o Rio de Janeiro tentar a vida, como não tinha dinheiro foi de carona de caminhão e caminhando em alguns trechos da viagem. Tudo devido a uma bronca indevida do treinador do GNU que o deixou desgostoso.

Como já conhecia e tinha experiencia com o Remo, chegando na cidade maravilhosa, procurou o Flamengo, onde fez um teste e foi aceito como proeiro. Foi assim que nasceu o Gaúchinho do remo, que dedicaria os próximos 42 anos de sua vida ao clube rubro negro. Sempre com uma palavra positiva, uma atitude decidida e com um olho clínico para acertar barcos e um estilo único de timonear.

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"O remo era a alegria de viver do Gaúcho. Às vezes era difícil de levar ele para casa", conta Josi, sua companheira de vida e de remo, com quem ficou casado pelos 13 últimos anos de sua vida.

Poucos anos após sua chegada no Rio de Janeiro e o início de sua carreira no Flamengo, Niton Alonço teve a sua primeira oportunidade da Seleção Brasileira. Foi em 1972, na inauguração da raia olímpica de Remo, do Centro de Práticas Esportivas da Cidade Universitária de São Paulo (USP), sendo disputada a Grande Regata Internacional, com a participação de remadores da Áustria, Argentina, Estados Unidos, México, Chile, Paraguai e Uruguai, além da representação da então CBD. O jovem timoneiro conquistou um terceiro lugar, no dois com.

No ano seguinte, Gaúchinho iria nos representar mais uma vez, mas agora no México, na raia olímpica de Virgílio Uribe, em Xochimilco onde foi realizado Campeonato de las América. Timoneando mais uma vez o dois com, de Atalíbio Magione e Wandir Kuntze, o atleta subiria ao lugar mais alto do pódio, conquistando a sua primeira medalha de ouro internacional.

No mesmo ano, timoneando a mesma guarnição da competição anterior, Gaúchinho iria representar o Brasil no Campeonato Masculino Europeu realizado em Moscou. Terminando a competição com a segunda colocação na pequena final, hoje final B, oitavo lugar geral.

1976 seria um ano marcado por várias conquistas na carreira de Gaúchinho. Primeiras medalhas de ouro e prata em Campeonatos Sul Americanos, primeira medalha de ouro em Copas Latinas e sua estreia em Olimpíadas, nos Jogos de Montreal, onde terminou em quarto lugar na final B, decimo lugar geral.

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A primeira medalha em Jogos Pan-Americanos viria mais tarde, em 1983, na edição realizada em Caracas, na represa de La Meriposa, timoneando o quatro com, de acordo com Denis Marinho que estava integrando a guarnição, o papel do Timoneiro foi fundamental para a conquista do segundo lugar na prova. " No dia da prova a raia estava com muito vento, muito marolada, acabou que enforcamos e o barco parou. Gaúchinho rapidamente deu ordem para gente realinhar o quatro e largar novamente, estávamos em último! Em uma prova de recuperação conquistamos a medalha de prata, ele nunca deixou a gente desistir!", afirma Denis.

Em 1984, viria a segunda medalha de ouro sul-americana timoneando o barco que, naquele mesmo ano, conquistaria o quarto lugar nas Olimpíadas de Los Angeles, melhor marca brasileira em Jogos. A guarnição formada por Walter Hime e Angelo Roso e Nilton Alonço entrou para a história ao igualar a marca alcançada apenas duas vezes anteriormente, em 1924 e 1932.

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Depois Gaúchinho seria campeão sul-americano mais três vezes e representado o Brasil em dois outros mundiais e de um estágio de duas semanas da Itália, onde participou da regata Internacional, realizada em Piediluco, Paolo D'Aloja Memorial, por dois anos seguidos. Em 1987, o atleta seria convocado para participar do seu segundo Pan-Americano, onde conquistaria mais uma medalha de prata, timoneando o oito com.

Em 1988, o atleta seria convocado para a sua terceira Olimpíada. Como timoneiro do dois com formado por Flávio Andrade de Melo e Angelo Roso Neto, a guarnição terminou sua participação no primeiro lugar da final C, 13º lugar geral. Ainda no mesmo ano, o atleta seria campeão sul-americano mais uma vez no oito com.

Multi campeão brasileiro, Gaúchinho se dedicou aos barcos do Flamengo por 42 anos dos 45 passados no remo. Em 1990 o atleta iria se dedicar aos barcos de Master, onde se tornaria treinador da equipe rubro negra. Campeão de várias regatas internacionais a frente da equipe de veteranos, como era chamada a categoria em 1990.

gauchinho

Campeão da Head of Amsterdam, da Regata Internacional de Masters de Saint Catherines, Ontário, Canadá, Regata Internacional do Centenário do Club Espanha entre outras. Mas o sucesso da equipe de Veteranos não iria tirar Gaúchinho como timoneiro da equipe sênior do Flamengo e nem da Seleção Brasileira.

Em 2007, nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Gaúchinho conquistaria sua terceira medalha de prata na competição mais importante das Américas, dessa vez timoneando o oito com. No ano seguinte, em 2008, o atleta, mais que experiente, iria estrear em uma competição inédita em sua carreira, a frente do quatro com, nos Jogos Paralímpicos de Pequim.

Sempre disposto a ajudar a todos que o procuravam e apaixonado pelo esporte, Gaúchinho trouxe diversos novos adeptos para o remo de todas as idades e sempre se preocupou com os seus remadores como um todo. Nilton Alonço viveu o remo até o dia que sua saúde o permitiu. Após sua saída do Flamengo, o atleta e treinador ficou a frente da equipe do Piraquê, contagiando e vivendo a modalidade como poucos.

homenagem CBR

Infelizmente, sem o menor aviso, um dia de manha, o nosso grande Gaúchinho teve um AVC e foi hospitalizado e desde então batalhou pela vida contra as sequelas da doença. Ainda em 2021, Nilton Alonço foi homenageado pela CBR. O troféu do CBI de Barcos Longos, daquele ano, levaria o seu nome.

Em 2023, Gaúchinho descansou e como ultimo desejo, pediu que suas cinzas fossem jogadas na Lagoa Rodrigo de Freitas e assim foi feito por sua família. Diversos remadores acompanharam o cortejo final de seus barcos. A presidente da CBR, Magali Moreira, também estava presente.
 

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