Em sua primeira Olímpiada, aos 23 anos de idade, Lucas Verthein conquistou o 12º lugar geral no Single Skiff Masculino! Além de entrar para a lista dos melhores remadores do mundo, o atleta entra para a história do remo brasileiro ao igualar o resultado de Paulo Cesar Dvorakowski, que conquistou o mesmo resultado individual há 40 anos, em Moscou 1980.
Lucas Verthein durante a disputa da Semifinal A/B na Sea Forest Waterway, em TóquioAs provas de remo dos Jogos Olímpicos de Tóquio aconteceram na
Sea Forest Waterway, raia construída para os Jogos, entre os dias 23 e 30 julho. As Eliminatórias do Single Skiff Masculino (M1x) foram realizadas ainda antes da Cerimônia de Abertura, fazendo com que Lucas fosse
o primeiro atleta brasileiro a competir em uma modalidade individual em Tóquio.
Na Eliminatória,
o brasileiro se classificou para as Quartas de Final com a 3ª colocação na primeira bateria da categoria. “Eu busquei sempre a qualidade técnica para fazer uma ótima prova e me classificar”, contou o atleta em entrevista.
Na etapa seguinte, em uma disputa emocionante, o remador conseguiu se classificar para as Semifinais A/B do Single Skiff.
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• Confira no site da World Rowing os resultados oficias das provas »Lucas ficou com a
2ª posição na Bateria 4 das Quartas de Final, atrás apenas do alemão Oliver Zeidler, campeão mundial em 2019 e considerado o favorito para a medalha de ouro. Matias Boledi, comentarista da BandSports, elogiou a performance do brasileiro: “Ele vai estar entre os grandes da história deste evento, não deixando nada a desejar. Entrou os últimos 250m a frente de um medalhista olímpico e dando muito calor ao favorito.”
Lucas Verthein e disputa com o remador da Hungria nas Eliminatórias do M1x em TóquioNa Semifinal A/B, com grande expectativa da torcida, Lucas cruzou a linha de chegada na 5ª colocação. Com este resultado, o brasileiro seguiu para a Final B — apenas os três primeiros colocados se classificariam para a Final A. A Final B não vale medalha, mas define a posição final dos atletas semifinalistas entre a 7ª e a 12ª colocação.
“Dei o meu melhor. Não foi o resultado que esperava, mas o Brasil está entre os 12 melhores do mundo no remo. Mas essa medalha olímpica ainda vai chegar em algum momento. Podem ter certeza. Obrigado pela torcida!”, escreveu o atleta nas redes sociais.
Mesmo não classificando seu barco para a Final A,
o resultado foi histórico para o remo brasileiro, quebrando um jejum de 40 anos! Na Final B, encerrou com a 6ª posição, 12º lugar geral. “Queria mais. Por todo mundo que torceu, apoiou e empurrou meu barco. Senti a energia aqui. O remo ainda vai dar alegrias ao Brasil. Essa torcida merece!”, falou o atleta.
Lucas Verthein em frente aos arcos olímpicos na Vila Olímpica em TóquioDo adolescente sedentário que só gostava de videogames ao atleta olímpico, foram pouco mais de
oito anos e 88 títulos. O remo mudou a sua vida. O levou a saber do que é capaz. “O meu esporte exige o meu máximo e é isso o que eu dou a ele. Todos os dias.”
“Recebo muito carinho e apoio das pessoas. Agora sei que as minhas vitórias não são só minhas, são do Brasil. Isso me dá muito orgulho. Todo atleta sonha disputar os Jogos Olímpicos, tudo que eu faço é para viver momentos como este”, completou.
Crédito das Imagens: Miriam Jeske/COB, Gaspar Nóbrega/COB