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Mulheres que remam, porque remar é preciso!!!


Nesse dia Internacional da Mulher, a Confederação Brasileira de Remo gostaria de parabenizar todas as mulheres que fazem desta modalidade mais que um mero esporte. Dedicadas, ferozes, competitivas, resilientes e fortes. Para - Atletas, Atletas de alto rendimento, categorias de base, máster, treinadoras, árbitras e dirigentes transformam o remo diariamente a cada remada, decisão e perseverança.

Dulce D’Ávila Bandeira (GNU) primeira campeã brasileira de remo

Remadas Pioneiras: A primeira campeã brasileira de remo na prova de single skiff foi conhecida na realização do Troféu Brasil de Remo Feminino e Júnior, em 1984, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Dulce D’Ávila Bandeira do GNU subiu ao lugar mais alto do pódio. No mesmo ano, a remadora também foi a primeira campeã sul americana de remo, em uma prova extra organizada pela CBR como incentivo ao remo feminino durante o disputado XVII Campeonato Sul-americano de Remo, onde foi inaugurado o sistema Albano da raia, que em 2016 receberia os Jogos Olímpicos. Onde fomos representados pelas remadoras Fernanda Nunes e Vanessa Cozzi, atual presidente da Comissão de Atletas da CBR.

A Lagoa Rodrigo de Freitas foi palco mais uma vez do sucesso e pioneirismo de Dulce. A prova teve o nome de outra mulher brasileira, a nadadora Maria Lenk. Primeira mulher a representar o Brasil, e toda a América do Sul, em Jogos Olímpicos.


Vanessa Cozzi e Fernanda Nunes na Rio 2016

Na mesma prova, outra remadora escreveu história com suas remadas, a atleta do GPA Marisa de Moraes Lisbôa. A remadora foi a primeira campeã brasileira de double skiff (2x) ao lado de Claudia Magali Gomes da Silva. Marisa também foi a vencedora da primeira Fita Azul, tradicional competição de single skiff organizada pelo clube Speria de São Paulo, que incluiu provas femininas em seu programa.

Marisa também foi a primeira mulher brasileira a nos representar no exterior, no Mundial da Fisa, agora World Rowing, em 1987. Foi a primeira vez que a competição incluíu provas da categoria peso leve e nossa atleta estava lá, mais uma vez escrevendo história, ou melhor dizendo: remando a história, participando da prova de single skiff feminino peso leve (1XLW).



Four Skiff campeão sul americano em 1996

Ainda em 1987, enquanto Marisa de Moraes Lisbôa nos representava no Mundial de Hazewinkel, Bélgica, a atleta Ana Helena Puccetti ganhava o seu primeiro Fita Azul e Troféu Brasil de Remo. A remadora, anos mais tarde, em 1996, integraria o four skiff (4x) que nos daria a nossa primeira medalha de ouro em provas oficiais internacionais, no Sul Americano de Calao no Peru. Ao lado de Ana estavam as atletas Patrícia Moreno, Renata Gorgen e Claudia Alencar.

O treinador deste barco, foi o campeão Sul Americano de Remo de dois sem timoneiro sênior (2-) em 1968, Breno Manczck Mello que também treinou Dulce D’Ávila Bandeira. Se tornando um dos primeiros técnicos da modalidade que incentivaram e acreditaram no remo feminino do país. "Sempre gostei de treinar equipes femininas e de base", comenta Manczck.

Super Gêmeas Ativar! Claudia e Kátia Alencar não tem o mesmo sobrenome por um acaso, as irmãs gêmeas também foram pioneiras ao serem as primeiras a nos representar em competições internacionais em barcos de conjunto e por muito tempo dominaram a Lagoa e o Remo Nacional, chegando a ter um dos salários mais altos da equipe de remo do Flamengo . As dupla, mais que dinâmica, foi campeã Panamericana de Polo Aquático, antes de migrarem para a o remo ao convite de Guilherme Augusto do Eirado Silva, o Buck.


Kátia e Claudia Alencar 

A única competição que Kátia e Claudia não se classificaram foram os Jogos Olímpicos. Feito realizado por Fabiana Beltrame. A atleta se classificou no single skiff (1x) para as Olimpíadas de 2004 em Atenas, repetindo o fato em 2008 e 2012. Fabiana ainda foi a primeira brasileira a subir ao pódio em Jogos Panamericanos, conquistando duas medalhas de prata em edições diferentes, em 2011 e 2015. Como se isso não fosse suficiente, a atleta de Santa Catarina também foi a primeira a nos trazer uma medalha de ouro em Mundiais e em Copas do Mundo, em 2011.

O para- remo que não para: Quando a modalidade de remo paralímpico começou duas mulheres se destacaram no cenário nacional e na seleção brasileira por seus resultados. Claudia Cicero, a Claudinha, do Pinheiros, trouxe a primeira medalha de ouro da modalidade no single skiff PR1 (1x PR1) , no Mundial realizado na Alemanha. Foi a primeira participação da remadora em competições internacionais.

A primeira medalha do remo brasileiro em Jogos Paralímpicos foi conquistada em um barco misto com a atleta Josiane Lima no double skiff misto PR2 (2xPR2 Mix) , ao lado de Elton Santana. Os atletas brasileiros levaram o bronze, na primeira vez que o esporte integrou o programa paralímpico, na edição de Pequim, em 2008. Josi, como é mais conhecida, rema pelo Aldo Luz.


Jairo Klug e Diana Barcelos

Alguns anos mais tarde, viria do para- remo a primeira bi campeã mundial de remo da história do esporte brasileiro, Diana Barcelos, do Flamengo, no double skiff Misto PR3 (2x MixPR3). Ao lado do Paulista Jairo Klug, do Pinheiros, Diana subiu ao lugar mais alto do pódio. Promessa para os Jogos de Paris no ano que vem, a atleta tem sido destaque e se consolidado no cenário brasileiro como uma das principais atletas da categoria PR3.

Enquanto isso na Ribeira... Voltando um pouco no tempo, novamente para a década de 90, para contarmos a história da primeira atleta do remo baiano e que ganhou Brasileiro, Copa Norte Nordeste e chegou a Seleção Brasileira de Remo, nos representando em Jogos Sul Americanos. Marilene Silva Barbosa, a Mary. "Eu lembro que tive que implorar para que eu pudesse remar. Os dirigentes não queriam deixar que mulheres remassem. Depois da minha primeira vitória, ninguém duvidou mais de mim e eu pude remar", comenta Marilene.

Mas o pioneirismo de Marilene vai muito além do percurso de 2000 metros de cada prova. A nossa atleta se tornou a primeira mulher a liderar e treinar uma equipe de remo em todo o Norte Nordeste, no Clube de Regatas São Salvador, chegando a ser campeã da Copa Norte Nordeste de Remo em suas provas e por equipe também, mas a treinadora quer mais! "Meu sonho e ver um atleta meu na seleção brasileira", afirma contundente Mary.


Marilene Silva Barbosa e equipe do São Salvador

Elas são as donas da bol... barcos? Além de Marilene do São Salvador, hoje temos outras mulheres treinadoras de equipe. Como a paulista Vanessa Varga, primeira a liderar uma equipe de remo no país. "Eu tive que parar de remar e fiquei muito triste, senti muita falta. Eu fiz faculdade de Educação Física para trabalhar com remo, eu amo o esporte! Meu pai foi contra, mas eu disse a ele que ia ser a primeira técnica de remo do Brasil", conta Vanessa.

Já a treinadora do Remo4, Manuela Marsilli, sonha em trabalhar em um projeto de desenvolvimento de atletas do remo feminino. "Desenvolver um ambiente acolhedor e saudável para a iniciação de remadoras é minha maior motivação para trabalhar no remo", comenta a treinadora gaúcha.

O sonho de Manuela cresce quando mais mulheres se destacam no cenário nacional e internacional como a treinadora Leticia Muziol que está fazendo parte do WISH (Women in Sport High-performance pathway programme), programa que fomenta, educa e ensina, em parceria com a World Rowing, mulheres treinadoras do mundo todo, em um curso que dura 21 meses com diversas atividades, aulas e palestras. Junto com a brasileira outras três treinadoras estrangeiras entraram no programa no ano passado.


Vanessa Vargas e seu atleta da Seleção Brasileira

Graças as treinadoras Vanessa Varga, Marilene Silva Barbosa, Manuela Marsilli dos Santos, Leticia Muziol de Oliveira, Thaina Korpalski, Rita de Cassia Carvalho de Andrade, Marcela Sacramento Santos e Karina Lima são as treinadoras pioneiras do remo brasileiro, liderando equipes e mudando a percepção do Remo como esporte .

Atenção para as Regras! Enquanto Marilene dominava as provas de remo na Ribeira, outra mulher começava sua história como árbitra. Magali Moreira foi a segunda mulher brasileira a conquistar licença CSAR e se tornar Presidente da Federação dos Clubes de Regatas da Bahia. Como coordenadora de arbitragem formou dezenas de árbitros e todo o país, mudando a concepção e o cenário da arbitragem no Brasil.

Ainda como coordenadora de arbitragem, em 2007, Magali Moreira se tornou árbitra da World Rowing. Atuando em Mundiais e na Olimpíada de Tóquio. Além de ter trabalhado na organização nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

Não foi por acaso que durante sua coordenação o país teve suas as primeiras árbitras que obtiveram a licença da World Rowing da história do remo brasileiro. Vale salientar que o Brasil é o único país a ter mais mulheres árbitras da World Rowing do que homens no mundo. Ponto positivo para ao remo brasileiro, já que as mulheres na World Rowing representam apenas 24% do quadro de arbitragem da entidade no mundo.


Magali Moreira arbitrando dos Jogos de Tóquio

Anos mais tarde, Magali Moreira se tornou a primeira mulher a ser eleita presidente da CBR. Realizando em 2021 no primeiro CBI de Remo com o programa de provas com igualdade de gênero, ou seja, a mesma quantidade de provas femininas e masculinas. Dobrando o número de remadoras inscritas na competição e incentivando a modalidade do remo no Brasil, batendo recorde de inscrições de mulheres da história dos Campeonatos Brasileiros.

Attention, Go! Segundo os passos de Magali Moreira e outras mulheres pioneiras em seus estados, as Presidentes da Remosul, Ana Valeska Hoerlle e da FRB, Lília de Oliveira lideram o remo em a frente das Federações Estaduais do Rio Grande do Sul e Brasília.

As duas presidentes além de organizar e incentivar o remo gaúcho e brasiliense, estando a frente dos Campeonatos Estaduais, também são atletas da categoria máster e árbitras de remo. Representando seus estados dentro e fora das raias de remo.


Lília de Oliveira e Lourdes Proença no Brasilero de Máster em 2022

Outras mulheres também devem ser lembradas nesse dia, são as diretoras de remo, secretárias e funcionárias do administrativo que fazem o esporte funcionar para que as remadas de nossos atletas possam acontecer.

O remo é mais que um mero esporte, é um esforço em equipe. Homenageamos a todas funcionárias administrativas do remo nacional e estadual, através de Marisa Braga, que há 21 anos trabalha na Confederação Brasileira de Remo como secretária da instituição e integra equipe do Remo Paralímpico, apoiando a Comissão Técnica e intermediando o nosso contato com o CPB.


Imagens: Acervo CBR

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