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Seleção Brasileira completa desafio de 200km no remoergômetro

No mês de abril, os atletas da Seleção Brasileira de Remo receberam um desafio: remar 200km em apenas seis dias. Se a distância parece intimidadora, o desafio ficou ainda mais complicado por ser realizado em casa, no remoergômetro, durante o período da quarentena. Mesmo longe dos colegas de equipe e com a notícia de que a Temporada 2020 estava cancelada, os atletas completaram o desafio recebendo elogios do técnico.

O atleta Alef Fontoura durante uma das sessões de treino no remoergômetro em sua casa
O atleta Alef Fontoura durante uma das sessões de treino no remoergômetro em sua casa

Com a participação de 11 atletas da Seleção, o desafio foi proposto pelo técnico alemão Bernhard Stomporovski, que está no Brasil há pouco mais de um ano. Bernard é responsável na Confederação Brasileira de Remo pelo projeto Quatro Sem, que tem como objetivo formar um barco masculino e outro feminino da categoria para competir em nível olímpico.

O técnico explica que o percurso de 200km não foi planejado como um desafio, mas se tornou um desafio para os atleta que nunca tinham feito este tipo de treino no remoergômetro. “Os 200km fazem parte do treinamento que estava planejado para a Regata Final de Qualificação Olímpica, originalmente marcada para maio, em Lucerna.“

Os treinos foram divididos em seis dias: de segunda a sexta-feira, os atletas faziam 30km pela manhã, além de um percurso extra de 18km na quarta de tarde. No sábado, último dia do desafio, o percurso era de 40km, completando no total 208km no remoergômetro. Bernard explica que o treino de longa distância é parte da preparação para a prova de 2000 metros: “É importante trabalhar a resistência para que durante a temporada o corpo consiga repetir diversas vezes o percurso de 2000m sem diminuir de velocidade a cada prova.”

O técnico Bernhard Stomporovski (ao centro) junto dos atletas Vangelys Reinke (esquerda) e Emanuel Borges (direira), vencedores da medalha de bronze no Mundial de Remo Sênior 2019
O técnico Bernhard Stomporovski (ao centro) junto dos atletas Vangelys Reinke (esquerda) e Emanuel Borges (direira), vencedores da medalha de bronze no Mundial de Remo Sênior 2019

Com mais de duas horas de duração em cada treino, os atletas sentiram desde o início que não seria uma tarefa fácil. O remador Alef Fontoura, medalha de bronze no Pan de Lima 2019 no barco Quatro Sem Masculino (M4-), foi enfático: “era massacrante, tanto psicologicamente como fisicamente. São muitos quilômetros sem pausa, foi um teste de motivação, de tudo! Além de estarmos nesta situação [de quarentena].”

A remadora Maria Clara Lewenkopf, prata no Sul-Americano de Remo 2019 no barco Double Skiff Feminino Sub 23 (BW2x), conta que o remoergômetro é muito mais cansativo que o treino na água: “fazer muitos quilômetros na água é mais agradável. Você tem várias coisas para pensar, como a técnica, além de se distrair com a paisagem. Mas em casa tem que arranjar outras maneiras de se distrair. Normalmente, eu botava uma música ou um filme, mesmo que não assistisse, era uma imagem para distração, o tempo passa mais rápido.”

Bernard confirma que o longo percursos deixa o treino monótono. “É bem chato, mas ao treinar nessa zona o corpo se adapta muito bem e fica pronto para a parte divertida do remo: a disputa dos 2000 metros na água!”

A remadora Maria Clara Lewenkopf durante uma das sessões de treino em sua casa
A remadora Maria Clara Lewenkopf durante uma das sessões de treino em sua casa

Outro ponto levantado pelos atletas foi a dor muscular que surge com o alto volume de treino. “No último dia, quando fizemos 40km, comecei a sentir muita dor nos glúteos e nem tinha chegado à metade da sessão ainda, o que resultou em um dia inteiro de recuperação,” explica o remador Victor Ruzicki, bronze no Barcos Curtos 2020 no Dois Sem Masculino.

O maior destaque do desafio, segundo Bernard, foi ver que os atletas motivaram uns aos outros. “Todos os dias, os remadores escreviam mensagens motivacionais, conversaram entre si e postavam vídeos do seu sofrimento, mas também sorriam ao final.” Para Alef, que estaria na disputa pela vaga olímpica do Quatro Sem, ficou a sensação de dever cumprido. “Tivemos que pausar tudo e mudar os planos. Fazer um treino intenso desses foi muito difícil e ao mesmo tempo, quando terminamos, sentimos muito orgulho, a gente fica muito feliz de ter feito mais de 200km,“ conta o atleta.

O período da quarentena é considerado um desafio a parte para todos os remadores, acostumados a treinar na água ou em grupo nos clubes. Para Victor, foi necessário ocupar o tempo livre para manter-se motivado. "Hoje, por incrível que pareça, estou com uma rotina super corrida para conseguir conciliar tudo o que me propus a fazer durante esse período, e isso faz o que eu mantenha minha cabeça bem ocupada e sem tempo pra pensar algum tipo de besteira que venha a me afastar dos treinos ou desmotivar.”

O atleta Victor Ruzicki durante sessão de treinamento no remoergômetro em casa
O atleta Victor Ruzicki durante sessão de treinamento no remoergômetro em casa

Criar uma nova rotina também foi a solução encontrada por Maria Clara, que não conseguiu manter os mesmos horários que tinha no clube. “A adaptação foi natural, porque você precisa se adaptar também a rotina da sua família. Moro com mais 4 pessoas, então é difícil você ser a única a acordar tão cedo, mas o dia se estende porque não tem outras atividades. Estou fazendo treinos mais tarde e dormindo um pouco mais.”



Desafio Remo Brasil de Remo Indoor

Para manter os atletas motivados durante o período da quarenta, a CBR está realizando o Desafio Remo Brasil de Remo Indoor. O evento virtual acontece em quatro etapas, através de desafios semanais envolvendo remadores de todas as categorias. Os atletas da Seleção também estão na disputa, além de seguirem com seus treinos regulares. Confira abaixo as dicas do Alef, da Maria Clara e do Victor para quem está participando.

DICA DO VICTOR  
Victor Ruzicki
Use o desafio como uma fonte de motivação. Apesar da competitividade que existe, ele vem pra mostrar que não estamos sozinhos, todos estão passando pelo mesmo momento e estarão passando pelas mesmas dores físicas que virão. Então, crie um hábito, determine os horários de treino e os cumpra, a vontade nunca virá sozinha.

DICA DA MARIA CLARA  
Maria Clara Lewenkopf
Leve a sério este desafio, mas não pelo resultado final e sim para se testar. Esse é um momento em que não temos competições previstas, então se autoconhecer é importante. Levar seu corpo ao limite, sozinho, e descobrir do que você é capaz. Eu acho que é legal ter essa mentalidade, para você saber levar adiante os próximos desafios.

DICA DO ALEF  
Alef Fontoura
Buscar sempre fazer seu melhor, sem se comparar com os outros. Buscar o seu melhor desempenho e não pensar no que outro está fazendo para fazer melhor. É um desafio pessoal, não chega a ser tanto físico ou para conquistar ranking, o que importa é concluir o seu desafio e fazer o seu melhor.

Crédito das Imagens: Arquivo CBR

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